quinta-feira, 27 de agosto de 2009

D. Afonso I - 1º Rei de Portugal






D. Afonso I - O Conquistador (1109-6.12.1185)





Período de reinado - 1139 - 1185




D. Afonso I, mais conhecido por D. Afonso Henriques, era também conhecido como o Conquistador, Fundador ou O Grande, porque ao longo de mais de 40 anos duplicou o território que o seu pai, D. Henrique lhe legou. Durante esse período conquistou também a independência de Portugal.

Afonso Henriques era filho de Henrique de Borgonha, Conde de Portucale e da infanta Teresa de Leão. A data de nascimento que reúne maior consenso será a de 1109, não se sabendo a que dia. Tradicionalmente, acredita-se que terá nascido e sido criado em Guimarães, onde viveu até 1128. Outros autores, ainda, referem Coimbra como local provável para o seu nascimento.

Foi em 1120 que toma uma posição oposta à de sua mãe (que apoiava o partido dos Travas), sob a direcção do arcebispo de Braga, que forçado a emigrar, leva consigo o infante. É armado cavaleiro no ano de 1122 em Tui.

Ao regressar a paz, voltam ambos ao condado portucalense. Pouco depois disso, Afonso VII de Leão e Castela, cerca Guimarães onde se encontrava na altura Afonso Henriques. Este promete lealdade pelo seu aio Egas Moniz (quem criou Afonso Henriques) e D. Afonso VII desiste da conquista.

Em 1128, as tropas de D. Teresa (sua mãe) e Fernão Peres de Trava (seu suposto amante) defrontam as de D. Afonso Henriques na batalha de São Mamede em 24 de Junho, saindo vitorioso o infante, consagrado a sua autoridade sobre o condado.

Uma nota à parte e de opinião pessoal, é que D. Henrique, o pai do D. Afonso Henriques, deveria ser um homem que pouco fazia, tanto que sabe-se pouco sobre ele. A mulher é que devia fazia tudo, além de que era traído a torto e a direito, ou era o Egas Moniz, se quem se pensa ser o verdadeiro pai de D. Afonso ou o Fernão Peres. Mas bom, continuando...

D. Afonso, consciente das ameaças ao seu poder, iniciou negociações junta da Santa Sé de forma a alcançar a autonomia da igreja portuguesa e o reconhecimento do reino.

Em 1139 após a vitória estrondosa de D. Afonso Henriques contra os mouros (sendo estes em maior número) na batalha de Ourique, autoproclama-se Rei com o apoio das suas tropas.

No entanto foi só em 1143 que o Reino de Leão e Castela reconhece a independência de Portugal no tratado de Zamora. Este ocorre no dia 5 de Outubro de 1143 entre D. Afonso VII e D. Afonso Henriques.

D. Afonso I procura conquistar terreno a sul, povoado pelos mouros:

Leiria - 1135 (conquista final 1145) - técnica de assalto

Santarém - 1146 (conquista final 1147) - técnica de assalto

Lisboa - 1147 - usando o cerco como táctica de conquista, graças à ajuda dos cruzados

Almada - 1147 - usando o cerco como táctica de conquista, graças à ajuda dos cruzados

Palmela - 1147 - usando o cerco como táctica de conquista, graças à ajuda dos cruzados

Alcácer - 1160


E depois quase todo o Alentejo, sendo este recuperado pelos mouros pouco antes de D. Afonso falecer


Em 1179, Portugal foi finalmente reconhecido como um país independente e vassalo da Igreja, pelo Papa Alexandre III.

De 1166 a 1168, D. Afonso Henriques apoderara-se de várias praças pertencentes à coroa leonesa. Fernando II de Leão estava a repovoar Ciudad Rodrigo e o português, suspeitando que o seu genro estava a fortificar a cidade para o atacar, enviou um exército comandado pelo seu filho, o infante D. Sancho, contra aquela praça. O rei leonês foi em auxílio da cidade ameaçada e derrotou as tropas portuguesas, fazendo um grande número de prisioneiros.

D. Afonso Henriques responde entrando pela Galiza, tomou Tui e vários outros castelos, e em 1169 atacou primeiro Cáceres. Depois voltou-se contra Badajoz que pertencia a Leão, mas sem respeitar convenções ou o parentesco que o unia a Fernando de Leão, cercou Badajoz querendo conquistá-lo para Portugal. Desta investida D. Afonso foge de cavalo (incidente de Badajoz) ficando ferido numa coxa e com uma perna partida. Fernando de Leão, seu genro, chama os melhores médicos para o tratar.

Desta feita surge um tratado de paz entre ambos os reinos, assinado em Pontevedra, resultando daí a libertação de Afonso, com a única condição de devolver a Fernando cidades extremenhas (da Extremadura espanhola) tais como Cáceres, Badajoz, Trujillo, Santa Cruz , Monfragüe e Montánchez, que havia conquistado a Leão. Estabeleciam-se assim as fronteiras de Portugal com Leão e a Galiza. E mais tarde, quando os muçulmanos sitiaram Santarém, o leonês auxiliou imediatamente o rei português.

Com esta situação e visto que nessa época não era tão fácil recuperar de uma fractura profunda, a carreira militar de D. Afonso Henriques terminou. Dedicou-se então à administração dos territórios com a co-regência do seu filho D. Sancho e procurou fixar a população, promovendo o municipalismo e concedendo forais. Contou com a ajuda da ordem religiosa dos cistercienses para o desenvolvimento da economia, predominantemente agrária.

D. Afonso Henriques também ficou marcado por ter uma boa relação com os judeus que estavam organizados num sistema próprio, representados politicamente pelo grão-rabino nomeado pelo rei. Tanto que escolheu o grão-rabino Yahia Ben Yahia para ministro das Finanças, que ficou responsável pela coleta de impostos no reino. Com esta escolha teve início uma tradição de escolher judeus para a área financeira e de manter um bom entendimento com as comunidades judaicas, que foi seguida por seus sucessores.


Pequeno resumo e informações importantes a reter:


. Nasceu em 1109 e faleceu em 1185

. Fundou a independência de Portugal (tratado de Zamora), reconhecida pelo papado e pelos outros reinos da Europa

. Casou em 1146 com Mafalda de Sabóia ou Matilde de Sabóia (1125-1157)
. Alargou o território através de conquistas aos
mouros empurrando as fronteiras do Condado Portucalense para sul.

. Fundou o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra em 1131 (onde se encontra o seu túmulo ao lado do seu filho D. Sancho I.


Espero que tenham ficado com uma ideia de quem foi o primeiro Rei de Portugal e como o nosso país surgiu. Mas como devem imaginar, não ficou por aqui. D. Sancho I, filho de D. Afonso I, com a morte de seu pai, torna-se em 1185 o segundo Rei de Portugal. É dele que falarei no próximo post. Até lá!




terça-feira, 25 de agosto de 2009

Lista dos Reis e Presidentes de Portugal








Comecarei este blogue por apresentar uma lista de todos os reis e presidentes de Portugal até hoje, 25 Agosto de 2009:







REIS:


D. Afonso Henriques
D. Sancho I
D. Afonso II
D. Sancho II
D. Afonso III
D. Dinis
D. Afonso IV
D. Pedro I
D. Fernando I
D. João I
D. Duarte
D. Afonso V
D. João II
D. Manuel I
D. João III
D. Sebastião
D. Henrique
D. António
Filipe I
Filipe II
Filipe III
D. João IV
D. Afonso VI
D. Pedro II
D. João V
D. José I
D. Maria I
D. João VI
D. Pedro IV
D. Miguel
D. Maria II
D. Pedro V
D. Luis
D. Carlos
D. Manuel II

PRESIDENTES:


Manuel de Arriaga
Teófilo Braga
Bernardino Machado
Sidónio Pais
João do Canto e Castro
António José de Almeida
Manuel Teixeira Gomes
Mendes Cabeçadas
Gomes da Costa
António Carmona
Craveiro Lopes
Américo Tomás
António de Spínola
Costa Gomes
Ramalho Eanes
Mário Soares
Jorge Sampaio
Cavaco Silva

(Retirado de :http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/index.html)



Esta lista servirá apenas de guia e talvez como um auxílio de memória (o wikipédia tem uma lista muito mais completa dos reis de Portugal, mas como tem tanta informação, achei boa ideia simplificar). É certo que muitos destes nome podem dizer algo, mesmo para aqueles que não saibam muito de história, mas agora irei falar um pouco mais pormenorizadamente sobre cada um deles.


Quero apenas acrescentar que estas são as minhas notas pessoais, retiradas de outras fontes, sobretudo do wikipédia e de outros que mencionarei quando utilizar. Estas servirão principalmente como o meu guia de história para poder consultar sempre que quiser em qualquer lugar que estiver. Se o quiserem utilizar, ficarei feliz por este trabalho também beneficiar outros.